A dura realidade que estão enfrentando as entidades filantrópicas em Guaxupé
Outro fator importante a se considerar é que o nível de produtividade exigido em uma empresa não se aplica neste caso, onde você precisa de muitas pessoas para cuidar de um número relativamente pequeno de acolhidos. São vidas frágeis, carregadas de perdas, com um futuro a ser construído.
Ano após ano as entidades locais vêm se debatendo para fechar as contas, consequência da dotação insuficiente de recursos públicos. Mas, o que fazer quando não há escolhas? Uma entidade como a Casa da Criança, por exemplo, movida pelo amor há mais de meio século, vem resistindo a todo tipo de adversidade. Possivelmente todas elas são deficitárias e dependem da ajuda da população e, às vezes, do dinheiro do bolso do dirigente para honrar seus compromissos.
A proposta para o orçamento de 2021 do município, como se pretende distribuir, repete basicamente o mesmo tratamento de anos anteriores para a área social. Os valores se situam muito aquém do necessário. Espera-se que o Executivo e o Legislativo se sensibilizem, voltem sua atenção para essa área extremamente importante e revejam os números sob outro ponto de vista, se necessário ouvindo os interessados. Vicente Silvério Marques (Voluntário da Casa da Criança)