Amar nem sempre é gostar.
Gostar nem sempre é amar.
Você pode gostar do seu relógio, da sua blusa, do seu sapato, da sua casa, de alguma comida, sem amar nada disso. Você apenas gosta.
Você pode amar uma pessoa e, mesmo assim, não gostar de algumas atitudes dela. Então a gente pode não gostar, amando.
Entendeu?
Amar tem a ver com não abandonar.
Por exemplo, a mãe que ama seu filho perdido no mundo das drogas, não gosta do comportamento dele, não aprova o que ele faz, não se alegra com a degradação física, psicológica, espiritual, moral, familiar e social que ele ocasiona, não pode ficar feliz com todo o sofrimento causado em todos os demais familiares e bons amigos. Mas essa mãe segue amando seu filho. Não o abandona.
E mesmo que esse filho rejeite a presença de sua mãe, não aceitando mais ajuda, nem orientações ou aconselhamento, ainda sim a mãe ora pelo filho, reza todos os dias, na esperança de poder vê-lo curado.
Jesus de Nazaré, um homem profundamente sensível, inteligente e respeitoso em suas relações interpessoais, sincero, justo, generoso, cuidadoso, gentil, cheio de vigor e ternura, quis ser Ele mesmo o modelo de comportamento para as pessoas: "Amem-se uns os outros, como Eu vos tenho amado (João 13, 34).
Pode parecer para alguns que a proposta de Jesus é masoquista, mas não é. A proposta de Jesus é salvífica. Quer dizer: Só o amor mesmo pode nos salvar da barbárie.