Caso envolvendo estudante de Guaranésia que morreu na UFOP completa 10 anos
Natural de Guaranésia, Daniel foi para a cidade histórica realizar o sonho de cursar artes cênicas. Paulo Inácio, amigo de infância, lembra que o fim do semestre atrasou para outubro devido a uma greve. No último mês, o jovem morreu.
“Na noite que ele deixaria de ser “bixo”- apelido dado aos calouros – houve a morte dele. Sempre que vinha a Guaranésia, Daniel me contava que os trotes eram pagos com o consumo de bebida alcoólica. Por exemplo, se o “bixo” tinha obrigação de lavar a louça e esquecia um talher que fosse, tinha que beber um copo de cachaça”, contou.
Relembre o caso
Segundo o boletim de ocorrência registrado na época pela Polícia Militar, o corpo de Daniel foi encontrado já sem vida no dia 27 de outubro de 2012. Segundo testemunhas, na noite anterior, o universitário tinha consumido bebida alcoólica em uma comemoração na república onde morava, conhecida como “Nóis é Nóis”. Ao acordarem, os colegas encontraram o jovem já sem vida, sem sinais de violência.
A Polícia Civil concluiu, em fevereiro de 2013, o inquérito que investigou o caso. A apuração não indiciou ninguém, já que não encontrou indícios da participação de outras pessoas na morte. Segundo o órgão, “foi verificado alto teor alcoólico no sangue, o que provavelmente provocou mal súbito após uso exagerado de bebidas alcoólicas”.
Dez anos depois, Eduardo de Melo, irmão de Daniel, ainda questiona o resultado da investigação. “Se me perguntarem se eu sei exatamente o motivo da morte do Daniel, eu não vou saber. Mas tem um laudo que consta que ele foi morto, pra mim assassinado, com mais 70% álcool no corpo”, relatou. (Com R7/G1)