A construção de castelos no ar – o hábito de sonhar acordada –, a tendência a deixar-me levar pelo fluxo do pensamento, sempre voltado para a formação de uma sucessão de incidentes imaginários. Meus sonhos eram ao mesmo tempo mais fantásticos e agradáveis do que meus escritos.
Mary Shelley, escritora inglesa (1797-1851)
Sonhos, imaginação, fantasia...
Criação, criatividade.
Realidade.
Da infância à velhice, não há idade que nos impeça de sonhar, imaginar, desejar, de querer ao menos expressar aquilo que no mais profundo da nossa existência – e inconsciência – incomoda a nossa alma.
Deixa de incomodar quando expressamos.
Volta a incomodar quando não realizamos.
Não é fácil, para quem foi feito participante de um projeto infinito, lidar com a finitude, com os limites de uma realidade que cerceia, que de muitos modos bloqueia, impede, desfavorece, empobrece e até mata.
Nos resta o ideal da mística da semente e da providência.
Há um propósito.
Os sinais dos tempos estão aí...