Estado orienta prefeituras a intensificar medidas de segurança e não autorizar festas durante o Carnaval
Entre as medidas recomendadas, que se estendem aos 853 municípios mineiros, estão a suspensão do ponto facultativo e a proibição do fechamento de ruas e praças para fins festivos.
Segurança
Segundo o governador Romeu Zema, as recomendações visam à segurança da população e têm como objetivo evitar um novo pico da doença.
“A nossa recomendação expressa é que neste ano não podemos ter aglomerações. Tivemos no mês de janeiro um número recorde de internações em UTIs, de internações em leitos de enfermaria e também de óbitos, devido, principalmente, às festas de final de ano. Se quisermos um estado mais seguro, todos nós temos que fazer a nossa parte”, afirmou.
Zema também ressaltou que as diretrizes buscam orientar a decisão dos prefeitos e ressaltou que o Executivo estadual adotará as mesmas medidas durante o período de Carnaval.
“Não haverá ponto facultativo nas repartições públicas estaduais. Todos estarão trabalhando e vamos ter de deixar a festa para daqui a alguns meses, quando boa parte da população já estiver vacinada e tivermos em uma situação melhor. Então, fica aqui o meu pedido a todos: vamos manter as medidas de distanciamento social e todos os cuidados”, disse.
Orientações
As orientações do Governo de Minas para as 853 prefeituras no período de 12 a 17 de fevereiro são:
- Não autorizar, no âmbito de seu território, o fechamento de ruas, praças e congêneres para fins festivos;
- Não autorizar, no âmbito de seu território, o uso de espaços de serviços para fins de eventos de Carnaval, tais como academias, clubes, centros de compras, estacionamentos e congêneres;
- Não decretar feriado ou ponto facultativo no período do Carnaval;
- Cancelar eventuais celebrações cívicas municipais;
- Implementar, durante o Carnaval, as medidas de segurança próprias para a onda vermelha, independentemente da fase de funcionamento das atividades socioeconômicas em que se encontrar a macro ou microrregião;
- Suspender a realização de qualquer evento, público ou privado, de qualquer natureza, no período em questão, inclusive para aqueles de pequeno porte de que trata o protocolo para a onda vermelha;
- Adotar medidas para:
- Evitar aglomerações em locais turísticos e esportivos, tais como praças, balneários, estádios e congêneres;
- Desestimular o uso de equipamentos de amplificação sonora ou instrumentos musicais que possam incentivar aglomerações.
Minas Consciente
Ainda nesta quarta-feira, 3, o Comitê Extraordinário Covid-19 aprovou o avanço das macrorregiões Sudeste e Centro, que engloba a Região Metropolitana de Belo Horizonte, para a onda amarela do Minas Consciente.
Nesta terceira fase do plano, todas as atividades ficam permitidas em todas as ondas, desde que cumpram algumas regras, como distanciamento e limitação máxima de pessoas.
Na onda amarela, por exemplo, é permitida a realização de eventos para até 100 pessoas, desde que sejam respeitadas as normas de distanciamento e capacidade do local.
Já a região Triângulo do Sul apresentou piora nos indicadores e deverá regredir para a onda amarela. Assim, nenhuma região mineira se encontra atualmente na onda verde do plano Minas Consciente.
Também como medida de contenção, o grupo optou pela regressão da macrorregião Vale do Aço, que deverá adotar as medidas da onda vermelha do plano.
Em Minas, a taxa de incidência da Covid-19 caiu 9% nos últimos 7 dias e 16% nos últimos 14 dias. No entanto, o número de óbitos pela doença cresceu 5,3% na última semana, e ultrapassou 15 mil neste mês.
Adesão
Até esta quarta-feira, 664 municípios já haviam aderido ao Minas Consciente, o que representa 78% do estado. (Agência Minas)