Falece Valdemar Barioni, o empresário que acreditou no potencial de Guaxupé
A evocação do nome de Valdemar Barioni vale por uma referência das mais significativas na história guaxupeana. Sem a menor sombra de dúvidas ele inclui-se, meritoriamente, entre os que contribuíram para a grandeza e progresso de Guaxupé e de muitos municípios do Sul de Minas e do norte de São Paulo. Ele foi um empresário que sempre acreditou na agropecuária e nas suas possibilidades para o futuro.
Sem se ater ao estritamente peculiar e aos seus negócios e empreendimentos, Valdemar Barioni deu, exuberantemente, a sua experiência e os seus conhecimentos na implantação da mecanização e na modernização do setor agropecuário.
Homem de negócios e de finanças, destacou-se no mundo dos negócios pela excelência da orientação com que dirigiu suas empresas ligadas diretamente à mecanização da agropecuária.
O que marcou de modo expressivo a personalidade do empresário, ainda no início da década de 1970, foi a sua confiança no futuro e nas possibilidades da região de Guaxupé, oportunidade em que implantou uma filial da sua empresa que revendia tratores Valmet, implementos e máquinas agrícolas, além do fornecimento de assistência técnica, com mão de obra especializada, para manutenção dos equipamentos.
A sede da empresa sempre foi em Casa Branca, com filiais em Guaxupé e Mococa. No início, a filial de Guaxupé ficou sob a responsabilidade de Rui Dutra Guimarães e, posteriormente, do hoje saudoso Luciano Pallos e ainda contava com a colaboração de José Maria Ribeiro e localizava-se na esquina da Rua João Pessoa com a Travessa Luiz Puntel, no centro da cidade. Em 1993, com a ocorrência de um incêndio no prédio que abrigava a agência, a filial de Guaxupé encerrou suas atividades, porém a matriz continuou prestando os serviços, até então realizados pela filial.
Empreendedor, ativo e forte nas lutas, bem por isso soube ele ligar a cidade de Guaxupé o seu nome honrado, deixando-nos exemplos dignos de sua vida honrada e incansável, e sobretudo, de um modelar esposo e exemplar chefe de família, educando e orientando os seus filhos e netos na escola do trabalho, da disciplina e da ordem.
Ao desaparecer de entre os vivos, Valdemar Barioni deixou marcado o seu trabalho construtivo e progressista por um nome imperecível, estruturado nas melhores normas de convivência, e, sobretudo, honrado e digno, atributo que seus filhos e netos vêm engrandecendo através do tempo e crescendo por via de trabalho similar ao seu e inspirado no seu exemplo de homem progressista.
Esta deveria ser aquela hora de nos calarmos para que através do nosso silêncio, ouvíssemos somente o pulsar dolorido de nossos corações, entretanto, não seria justo, Sr. Valdemar, que na hora em que o senhor paga o seu tributo à morte e no instante em que a terra generosa de Casa Branca se abre para receber o seu corpo inanimado, os seus clientes e amigos de mais de quatro décadas se silenciassem e não lhe rendessem, nesta hora extrema, a sua homenagem de estima e de saudade. Portanto, aqui trazemos o nosso adeus. Não são os elogios convencionalistas de após morte; são elas, as nossas palavras, a expressão sincera de uma estima e admiração de longas décadas.
À família enlutada, as condolências do Jornal da Região. (Homenagem do cliente e amigo Wilson Ferraz)