Fogos de Artifício: veterinária dá dicas para proteger cães e gatos no Réveillon
Os fogos de artifício, tão comuns nessas celebrações, podem causar sérios problemas de saúde para cães, gatos e até mesmo animais silvestres.
Professora de Medicina Veterinária do CEUB, Fabiana Volkweis, destaca os perigos que os fogos representam para os pets e sugere alternativas para comemorar a virada do ano de forma responsável.
Fabiana explica que um cão adulto consegue ouvir frequências de até 45.000 Hz, quase o dobro da capacidade humana, o que os torna extremamente sensíveis a sons.
Essa alta sensibilidade explica as reações intensas às explosões de fogos.
“Nossa audição é voltada à comunicação, enquanto a dos cães é adaptada para proteção e caça”, destaca.
O medo e o estresse ativam o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, liberando hormônios como o cortisol e a adrenalina.
“Esses processos podem causar aumento da frequência cardíaca, tremores, salivação excessiva e comportamento de fuga. Em casos graves, animais com problemas cardíacos podem sofrer paradas cardiorrespiratórias.”
Alguns animais podem correr incessantemente ou até mesmo convulsionar.
“Mantenha o animal em um local silencioso, com música ambiente ou barulho branco para abafar os sons externos. Nunca deixe o pet preso, pois ele pode se enforcar ao tentar fugir. Além disso, certifique-se de que ele esteja identificado com placas ou microchips, para facilitar a localização em caso de fuga.”
No entanto, a professora alerta que a eficácia varia de animal para animal.
Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de medicamentos, mas sempre com orientação veterinária.
Para pets com condições específicas, como cardiopatias ou epilepsia, é essencial manter a medicação em dia e oferecer um ambiente ainda mais controlado.
“A adoção de fogos silenciosos é um ato de empatia e responsabilidade, permitindo que todos, humanos e animais, celebrem as festas com saúde e bem-estar”, conclui Fabiana Volkweis.