Gestor financeiro afirma que crise econômica no Brasil continuará pela próxima década
"A receita para um bom planejamento pessoal e eficiente não mudou, com ou sem pandemia a regra é a mesma, ou se faz mais dinheiro durante o mês, como por exemplo, arrumando outra renda de forma secundária ou gastando menos, mas indico as duas coisas", ressalta o CEO. Infelizmente, de acordo com ele, não é a realidade de mais de 69 milhões de brasileiros que estão com os nomes sujos por conta das circunstâncias econômicas do país ou desorganização financeira pessoal.
Outro fator importante quando se trata de planejamento financeiro, segundo Roriz, é de que, quando pessoas têm rendimentos melhores, recebem seus salários ou rendas, por exemplo, elas investem e, com o que sobrou, vivem o dia a dia. "Mas o brasileiro normalmente inverte essa ordem. O segredo é controlar o fluxo de caixa e investir para só depois viver com o dinheiro".
Para este ano, Pedro Roriz lembra de um famoso ditado: enquanto alguns estão chorando, outros estão vendendo lenços. "Isso faz referência à possibilidade e a capacidade de um empreendedor de monetizar em momentos de crises e gerar negócios e valores, tanto no quesito pessoal quanto o de negócios. A verdade nunca esteve tão à disposição para entendermos o que está acontecendo, pois vivemos um cenário de um país com dificuldades de créditos e consumos, ao mesmo, temos um câmbio desvalorizado, mas exportar ainda é um bom negócio. O Agronegócio é um exemplo de força, nesse sentido", exemplifica.
Futuro
Ele ainda afirma que o que mais se vê é a incapacidade por conta dos problemas fiscais, além da "racha" política que o país vive, com total incapacidade do estado de articular para a melhora econômica do Brasil.
"A solução seria uma reforma administrativa para gerar crescimento da máquina e gerar tributos, mas o que vemos é o contrário. É uma reforma administrativa que não gera resultados. Quando falamos de uma reforma administrativa que faça um enxugamento da máquina e, por sua vez, um rebaixamento de tributos, o Brasil segue no caminho contrário. Enquanto dependermos tanto do estado e dessa máquina para fazer a roda girar, ou seja, uma iniciativa privada muito incipiente, ainda teremos uma década muito difícil", esclarece. (Katia Pessoni - WP Conectada)