Mais de 30 vítimas de acidentes com motos são internadas por dia em Minas
A cena urbana se repete 31 vezes por dia em Minas, conforme a média de internações após acidentes envolvendo veículos de duas rodas nos últimos anos.
O alerta para os riscos dessas ocorrências volta a ganhar força com o Maio Amarelo, mês de conscientização sobre segurança viária.
“O maior registro de óbitos nessa população de adultos-jovens pode ser atribuído, muitas vezes, ao fato de os condutores não estarem totalmente capacitados para conduzir o veículo sem riscos. A impulsividade é característica nessa faixa etária e se une à necessidade de autoafirmação perante seus pares, com o não uso de equipamentos de segurança, o hábito de violar normas de segurança e o desrespeito às leis, bem como o fato de misturar álcool e outras drogas com a direção”, afirma a coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis da SES-MG, Sandra de Souza.
O relatório apresentado pela SES mostra que desde a pandemia da Covid-19, em 2020, houve aumento da circulação de motocicletas e bicicletas no Estado, de modo a suprir a necessidade dos serviços de entrega.
Em 2023, as motos foram os veículos mais procurados para financiamento em Minas. Com isso, também aumentaram os acidentes.
“Hoje, os motociclistas são treinados em circuitos fechados, totalmente diferente do que vão encontrar nas ruas. O treinamento é para tirar a carteira, e não para pilotar no trânsito”.
“São milhares de pessoas que ficam com sequelas motoras graves de forma definitiva”. O especialista destaca ainda que os casos elevam os gastos públicos, pagos pela própria população. “Onera o SUS (Sistema Único de Saúde) com o resgate, internação e reabilitação. Em alguns casos, sobrecarrega até o sistema previdenciário”.
(Com Hoje em Dia)