Mitra Diocesana de Guaxupé inaugura Hotel Monsenhor em Paraíso

Ago 9, 2024 - 00:00
Mitra Diocesana de Guaxupé inaugura Hotel Monsenhor em Paraíso
Mitra Diocesana de Guaxupé inaugura Hotel Monsenhor em Paraíso
Uma solenidade que reuniu representantes de diversos segmentos de São Sebastião do Paraíso e região marcou a inauguração do Hotel Monsenhor, nesta quinta-feira, 8.

O prédio, que pertence à Mitra Diocesana de Guaxupé, abrigou por muitos anos o Instituto Monsenhor Felipe.

Agora, em parceria com o empresário Willian Martoni Junior, foi feita a restauração do edifício, que manteve os traços originais da construção centenária, tombada pelo Patrimônio Público do Município.

Durante evento de apresentação das novas instalações, o empresário destacou que foi um desafio a execução dos trabalhos.

A obra, iniciada em 2019, teve o seu ritmo desacelerado durante a pandemia.

“Uma das maiores dúvidas que tínhamos no início era qual destino dar. Já temos um hotel a poucos metros daqui, mas esta proposta de resgatar a história nos possibilitou dar a esta construção o mesmo destino da qual ela já foi um dia, diante da proposição de manter as origens”, conta o empreendedor.
 
O historiador e ex-prefeito de Paraíso Luiz Ferreira Calafiori fez a apresentação da memória do prédio. Localizado na avenida Ângelo Calafiori, 443, no centro da cidade, a construção possui forma de “U” e, inicialmente, teve por finalidade acolher meninas desabrigadas. Segundo registros históricos, o prédio teve a pedra fundamental lançada em janeiro de 1941.
 
Na edificação constam o uso de materiais como mármore carrara, pisos hidráulicos de quatro cores e madeira nobre em todas as portas e janelas.

A reconstrução possibilitou a restauração de todos os componentes, sendo as paredes, janelas, telhado e madeiramento mantidos idênticos ao original.

No prédio funcionaram cursos de costura, pré-escola e serviços gerais, que geravam ocupação, educação e profissão às alunas. A dinâmica instituição filantrópica da época era comandada pela congregação feminina Maria de Jesus Crucificada, de Campinas (SP), administrada por freiras.

Funcionou por 70 anos até ser desativada. O espaço passou a ser utilizado por um hotel e estabelecimentos comerciais.

Em 2018, depois de retomar a administração do prédio da qual é proprietária, representantes da Mitra Diocesana de Guaxupé anunciaram a intenção de reformar o imóvel.

De início foi realizado um levantamento arquitetônico com todos os detalhes necessários para o desenvolvimento de um projeto de restauração.

Foi definida a restauração respeitando os trâmites internos da instituição e suas prioridades, já que se trata de uma instituição eclesiástica que abrange 41 municípios e 11 distritos no Sul e no Sudoeste do estado de Minas Gerais.

O bispo de Guaxupé, dom José Lanza Neto, esteve presente na solenidade de inauguração e elogiou o resgate da construção.

“Ficou um trabalho magnífico.  Um belo trabalho de restauração, à altura de que todos merecem e que vai servir e muito àqueles que por aqui passarem e necessitarem de hospedagem e instalações confortáveis, dentro do que foi preconizado no projeto”.

Ele deu a benção a uma imagem simbólica de Cristo que também foi restaurada e ficará na entrada do hotel.

O empresário Willian Martoni Junior, da Construtora Martoni, enfatizou que o prédio foi cuidadosamente recuperado por meio de um processo de Retrofit.

“A iniciativa preservou a fachada e os acabamentos originais, enquanto incorporou as funcionalidades e o conforto da vida moderna, criando um equilíbrio perfeito entre história e inovação”.

No hotel, os hospedes e visitantes poderão acompanhar uma exposição com fotos de como era a obra em sua fase anterior e as várias etapas de reforma.

“Estamos iniciando mais uma etapa deste projeto, ofertar um hotel de qualidade, em uma construção histórica e que foi um imenso desafio. Paraíso e região ganham mais uma opção em termos de hospedagem. Agora o empenho é para que seja mantido. Vamos trabalhar intensamente para que as pessoas desfrutem, mas também mantenha as suas características e originalidade”, completa.
(Com Folha da Manhã)