Novo teste amplia precisão do diagnóstico de dengue
A dengue segue como problema de saúde pública no Brasil e em Minas Gerais, que registrou 53.089 casos só nesse ano, de acordo com o último Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
A pesquisadora Alice Versiani, autora do primeiro artigo sobre a pesquisa publicado no jornal científico Scientific Reports, explica que a metodologia tem grande limite de detecção, com capacidade para identificar concentrações mínimas de anticorpos. “Isso possibilita identificar a infecção pelo vírus, mesmo em casos de concentrações baixas das proteínas de defesa”, informa.
Ainda segundo a pesquisadora, o novo sensor é relativamente simples de desenvolver e não requer outros reagentes para revelação do resultado, como geralmente é exigido por outros diagnósticos. “São testes rápidos e, por causa das propriedades óticas das nanopartículas, muito mais sensíveis que os já existentes. Esperamos, assim, conseguir, ao final do desenvolvimento, uma tecnologia barata, prática e rápida”, informa.
Próximos passos
A pesquisadora informa, ainda, que este estudo foi um teste de princípio da técnica, que já teve sua patente nacional e internacional depositada pela equipe. Agora, os pesquisadores pretendem escaloná-la para ser realizado em um número maior. “Outro ponto importante é que um software de análise dos resultados está sendo desenvolvido para facilitar a interpretação dos dados fornecidos pelo nanosensor”, adianta Versiani.