Pai de bebê internado na Santa Casa denuncia na Polícia demora excessiva no atendimento do Pronto Socorro de Guaxupé
No Boletim de Ocorrência que foi lavrado pelo pai na Polícia Civil, ele relata que esperaram em torno de uma hora e nada de atendimento. Nesse momento, ele interpelou uma recepcionista reclamando pela demora e ela respondeu que “não podia fazer nada, pois a ficha já tinha sido encaminhada para dentro e teriam que aguardar”. Enquanto isso, a criança chorava sem parar...
Passado em torno de mais uma hora, finalmente foram chamados para o esperado atendimento. O recém-nascido foi examinado pela clínica geral que estava de plantão, que afirmou que a criança estava com o “peito cheio”, ministrando medicamento para aliviar os sintomas e dizendo que iria chamar a pediatra de plantão para cuidar do bebê. Após esse pré-atendimento, pai, mãe e filho tiveram que entrar em outra fila de espera por mais de uma hora e meia, até que a pediatra chegasse. Como ela estava demorando, a mãe da criança, desesperada, perguntou pela médica para a enfermeira e esta respondeu que ela estava realizando um parto e por isso estava demorando. A mãe, então, quis chamar um pediatra particular, porém recebeu como resposta que não poderia acionar médico particular, uma vez que teriam que aguardar pela médica plantonista. Dessa forma, a mãe da criança, resignada, voltou para a fila de espera para continuar esperando...
Passado mais algum tempo, chegou a pediatra N. L. L. M., que só foi atender o bebê depois de uma hora. Ela prescreveu remédio para dor e inalação, dispensando internação. Porém, eles voltaram para casa, seguiram as instruções da médica, mas o bebê passou mal durante toda a noite. Na manhã do dia seguinte, na segunda-feira, o casal procurou a pediatra M. C. S. N., em sua clínica particular, que examinou a criança, sendo categórica ao afirmar que o bebê precisava de internação imediata. E, caso isso não fosse feito, o bebê certamente iria a óbito, uma vez que estava com bronqueolite. Dessa maneira, o menino encontra-se internado na Santa Casa, porém os pais seguem preocupados com o seu estado de saúde. E, mais que preocupados, indignados com o atendimento demorado e tão antagônico entre as duas médicas. O pai do menino, R. E. M., disse ao Jornal da Região que “a saúde do hospital de Guaxupé é precária, congestionada e está muito longe de ser a ideal para a cidade”. Ele pede para que as pessoas denunciem o mau atendimento porque enquanto forem feitas vistas grossas, a situação só tende a piorar...