Privação tátil

Ago 31, 2022 - 00:00
Privação tátil
Privação tátil
Tocar em alguém significa dar sentido de existência a esse alguém.
 
Quem não é tocado nem sente que existe.
 
A privação tátil vai fazendo com que o indivíduo se restrinja, se encolha, se isole, se adoeça, e aos poucos vai criando dificuldade de contato, aversão à convivência, receio de olhar e até medo de amar. Vai criando tiques e maneirismos, movimentos repetitivos.
 
Tantas vezes já foi dito, palestrado e escrito: O tato é necessidade comportamental básica para o mamífero. Repito: para o mamífero!
 
Nós, seres humanos, somos peixes? Não. Nós somos anfíbios? Não. Somos répteis? Não. Somos aves? Não. Somos insetos? Não. Somos plantas? Não. Somos anjos? Não.
 
Nós somos MAMÍFEROS!
 
Mamíferos...
 
Somos seres táteis.
 
Precisamos de aconchego, carinho, respeito, amparo, abraço.
 
Sem o tato, pele com pele, adoecemos.
 
Por isso estamos tão doentes.
 
Por isso foi tão fácil criar robôs.
 
Por isso, tão vazios de afeto, tão distantes da ternura, estamos nos entupindo de comprimidos.
 
Por isso tantos jovens usando drogas.
 
Por isso tantas crianças tristonhas.
 
Até quando?
 
Para quem quiser se aprofundar no tema, deixarei aqui 5 (cinco) sugestões de necessária e salutar leitura, através de excelentes livros:
 
Tocar, o significado humano da pele (autor: Ashley Montagu)

Nascer sorrindo e Shantala (ambos do mesmo autor: Frédérick Leboyer)

Seu surpreendente recém-nascido (dos autores: Marshall e Phyllis Klaus).

Educar para o Sagrado (autor: Ezio Aceti).

Amoris Laetitia, sobre o amor na Família (autor: Papa Francisco).