Professores da rede estadual de MG fazem greve nesta quarta-feira
A greve, que deve durar 48h, ocorre para pressionar o governo de Minas sobre repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
"Vamos denunciar e cobrar dos deputados as pautas que motivam nossa paralisação. Uma delas é o veto do Governo do Estado de não estender o vínculo com o Ipsemg após a aposentadoria aos trabalhadores com contrato temporário", informou a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Denise Romano.
Segundo a coordenadora, atualmente dos 175 mil trabalhadores da educação ativa, 53% não são concursados, e por isso, sofrem com instabilidade, além de as unidades de educação terem muita rotatividade. "Caravanas de todas as cidades estão aqui em Belo Horizonte e depois dessa audiência, vão retornar e continuar essa conversa nas câmaras municipais", completou.
A paralisação de 48h vai até amanhã, quinta-feira, 14.
O movimento foi aprovado em assembleia realizada pela categoria no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, no dia 22 de fevereiro.
A greve ocorre para pressionar o governo de Minas sobre os repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de dezembro de 2023, além de cobrar reajuste do pagamento conforme o piso nacional.
“São demandas que dizem respeito a valorização efetiva dos profissionais de educação. É importante destacar que o estado de Minas Gerais é um dos piores vencimentos básicos dos professores e dos demais trabalhadores do país”, afirma Denise Romano, coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).
Os servidores cobram que o Executivo estadual pague o saldo do Fundeb, que, segundo a categoria, estaria sendo utilizado em outras despesas. “Nós temos recursos vinculados da educação, Fundeb, que o governo do Estado utiliza para fazer outro tipo de política, para usar em outras despesas. Nós queremos, então, o rateio dos recursos do fundeb”, disse.
A categoria também pede um reajuste dos salários de acordo com o piso salarial nacional. Atualmente, conforme reajuste de 12,84% aprovado em agosto de 2023, os profissionais da educação de Minas recebem R$ 2.652,22 por 24 horas semanais. Em contrapartida, o Ministério da Educação determinou que o piso, que antes era R$ 4.420,55, fosse reajustado para R$ 4.580,57.
A reportagem questionou o governo de Minas sobre a paralisação e as reivindicações dos servidores e aguarda retorno. A matéria será atualizada tão logo um posicionamento seja enviado.
(Com O Tempo)