Receita Federal investiga desvio de recursos públicos em obras rodoviárias no norte de Minas Gerais
A investigação já identificou indícios de fraude ao caráter competitivo de processo licitatório, recebimento de vantagens indevidas, superfaturamento em obras públicas e execução de serviços de baixa qualidade. As licitações que resultaram nestas contratações ocorreram entre 2013 e 2018 e perfazem um total de 670 milhões de reais.
A Receita Federal produziu relatórios apontando inconsistências fiscais dos envolvidos, bem como, a propriedade de bens móveis e imóveis registrados em nome dos investigados e de interpostas pessoas, “laranjas” ou “testas de ferro”.
A atual fase, “Rei do Norte”, consiste no cumprimento de 21 mandados de busca e apreensão, bloqueio de ativos da ordem de 32 milhões de reais, afastamento de um servidor público e a suspensão de pagamento de dois contratos, expedidos pela 35ª Vara Federal Criminal de Minas Gerais.
O trabalho conta com a participação de 98 policiais federais, 7 auditores e 2 analistas da Receita Federal do Brasil e 10 auditores da CGU, nos municípios de Belo Horizonte, Nova Lima, Montes Claros, Sete Lagoas, Muzambinho, Cuiabá e Sorriso. Os investigados poderão responder por crimes relacionados à lei de licitações, peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.