Secretaria da Saúde realiza força-tarefa em Passos e região para evitar epidemia de dengue
"A cada três anos, temos um pico de casos de dengue", explica o secretário da SES-MG, Fábio Baccheretti. “Foi assim em 2013, 2016 e 2019 e estamos em 2022. Geralmente, no estado, o aumento ocorre em março e abril. Porém, estamos em maio e tivemos um pequeno crescimento na incidência, mas não acredito que isso vá se prolongar em Minas”, contextualiza Baccheretti.
No entanto, todo cuidado é pouco. Para evitar uma epidemia no estado, equipes da secretaria são enviadas para realizar força-tarefa em regiões de mais incidência da doença. As ações envolvem visitas domiciliares para o controle e redução do vetor, além de conscientização e mobilização da população. “Todo mundo sabe como evitar a dengue, em ações como cuidar da limpeza da casa, não deixar água parada, tampar caixas de água”, reforça o gestor.
A SRS Passos também mobilizou prefeitos, gestores de saúde e profissionais de epidemiologia para discutir e alinhar um conjunto de ações para reduzir os riscos de epidemia de dengue na região. O índice de infestação do mosquito é crescente nos municípios, entre eles os de Passos e São Sebastião do Paraíso, que têm as maiores populações da região.
Cenário epidemiológico
“O cenário epidemiológico atual da dengue na SRS Passos caracteriza-se pela ampla distribuição de casos prováveis nos dois municípios - Passos e São Sebastião do Paraíso -, atingindo incidência muito alta nas últimas quatro semanas epidemiológicas”, avalia a referência técnica em arboviroses e coordenadora adjunta do Comitê Regional de Enfrentamento das Arboviroses (Crea), Patrícia Mendes Costa.
Ainda segundo a coordenadora, apesar dos esforços de prevenção, houve um aumento de registros e procura pelos serviços de saúde. Para a referência técnica, algumas ações são potencialmente capazes de produzir mudanças efetivas no cenário atual, como o controle vetorial, mutirões de limpeza, intensificação das ações de mobilização social, capacitação das equipes de saúde e organização da rede assistencial para que o paciente seja assistido conforme os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, reduzindo assim o agravamento dos casos e a ocorrência de óbitos.
O alinhamento de medidas do Governo de Minas e dos municípios passa também pela integração da Vigilância em Saúde e a Atenção Primária à Saúde. Para a superintendente Kátia Gonçalves, o processo de integração requer um planejamento por parte do Crea, e o eixo principal é a ampliação da rede de capacitação e formação dos profissionais. “O resultado é a otimização do tempo das visitas domiciliares, a produção de registros mais completos, atendimento aprimorado e redução da incidência de endemias”, observa. (Com Agência Minas)