"Todas as vezes que fizestes isso a um destes pequeninos que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!" Jesus Cristo (Mateus 25, 40)
Um homem que se considerava cristão, gostava de pronunciar aos seus familiares e bons amigos a frase de Jesus de Nazaré registrada no Evangelho de São Mateus.
O homem queria mostrar a todos as seleções da segurança da alma, de acordo com Jesus: ter um coração compassivo, misericordioso, que se comove e ajuda alguém em sofrimento real.
"Todas as vezes", disse Jesus.
E não "de vez em quando".
Mas um dia este homem foi colocado à prova de sua suposta fé e conduta. Ele estava numa lanchonete com sua filha. Depois de satisfeitos com o lanche, o suco e a sobremesa, apareceu na porta da lanchonete um mendigo pedindo alguma coisa para comer, pois já fazia dois dias que não comia nada.
A resposta imediata do homem foi que não tinha dinheiro para ajudar. Mentiu.
O mendigo olhou para a filha daquele homem e a menina ficou olhando para o mendigo. A cena retratou exatamente o relato do Evangelho. Uns de barriga cheia, satisfeitos e felizes, e outro de estômago vazio, sentindo a dor da fome e da indiferença, na angústia de sua alma.
O mendigo não tinha nada para comer, e o homem não lhe deu comida, apesar de poder ter feito alguma coisa.
No alerta de Jesus, este homem, mesmo anunciando o Evangelho, seria considerado pelo Mestre, no dia do juízo universal, um maldito desconhecido, porque ignorou alguém com fome.
Apareceu uma boa sorte do mendigo: No mesmo instante em que foi ignorado pelo homem, recebeu de uma mulher, que também estava ali comendo, o resto de seu lanche.
A mulher se comoveu e partilhou.
Um resto... Mas que foi rapidamente devorado pelo mendigo. Pode não ter saciado completamente a sua grande fome, mas ele deu um rápido rompimento.
Quem tem fome tem pressa.
Para a mulher foi o resto.
Para o mendigo pode ter sido um banquete!
E para o homem, um peso na sua consciência.
Foi dormir com esse barulho.
Será que ele se arrependeu?
Ele sabia da passagem bíblica. Conhecia o ensinamento de Jesus.
Tinha conhecimento o suficiente para saber que o ensino de Cristo é da ordem prática, e não teórico.
E você?
Você é capaz de estender a mão diante de alguém em sofrimento real?
Muitos hoje em dia ficam com dúvidas sobre ajudar ou não ajudar. Uma dúvida sincera. É claro, porque existem muitos indivíduos mal intencionados por aí, malandros, gente fingindo, mentindo, querendo apenas usar drogas, e não aceitando ajuda de nenhuma instituição de reabilitação psicossocial, nem mesmo ajuda da Assistência Social de uma Prefeitura.
Mesmo assim, não é difícil discernir quando a fome é realmente de comida, e quando a sede é realmente de água. Nesses casos, não perca a oportunidade de ajudar sem medo de errar.
Um pão, um copo de água, pra quem te fome e sede, é um presente inesquecível.
E podendo acrescentar uma palavra ou mensagem de incentivo, de oportunidade, de possibilidade de mudança de vida, você estará ajudando não somente o corpo de alguém. Tocará também a sua alma.